Empresas alteram suas rotinas durante a pandemia da covid-19

Redes sociais são uma das principais ferramentas de vendas durante a pandemia.



Com o avanço do novo coronavírus diversas empresas foram obrigadas a mudar as dinâmicas de suas rotinas de trabalho para não comprometer a sua produção e resultados. Com a adoção das recomendações de segurança dos órgãos de saúde, diminuição das cargas de trabalho, até a realização do home office e o atendimento online tem sido o carro chefe das alternativas para não comprometer as atividades.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Betania Tanure Associados (BTA), em março deste ano, mais de 40% das empresas brasileiras já haviam adotado o home office devido ao coronavírus. Já no ramo da educação, o aprendizado, o MEC autorizou o ensino à distância, e as instituições agora mediam suas aulas pelas telas do computador, tablet ou celular. Além disso, para tentar driblar a crise na economia, o comércio tem encontrado, no serviço de delivery, formas de continuar de pé.
Home office em foco - Exemplo dessa nova configuração, a analista de recursos humanos da Suzano, Mariana Viegas Arruda, que trabalha na companhia há 4 anos, está há um mês em regime de home office e ressalta que algumas medidas tiveram que ser tomadas para conciliar o profissional com atividades domésticas durante a quarentena.

“Nos primeiros dias foi mais complicado conciliar a rotina do trabalho com as atividades domésticas (café da manhã, almoço, etc). Depois fui criando estratégias para otimizar essas atividades a fim de não impactar no meu horário. Um outro desafio foi que meu marido também está em Home Office e optamos por trabalhar em ambientes separados, ainda que na mesma casa, para evitar interferências de sons e assuntos de trabalho”, disse a analista, que destacou a parceria com sua equipe promovendo encontros (por vídeo) frequentemente, para compartilhar sobre sentimentos, preocupações, atividades ou qualquer outro tema que queiram abordar, para se sentirem mais próximos.

Comércio em duas rodas – Durante esse cenário, o comércio varejista foi um dos segmentos mais afetados. Em meio à disseminação do vírus e com fortes recomendações dos órgãos da saúde com relação ao isolamento social, muitas empresas precisaram se reinventar e encontraram no delivery uma alternativa para continuar atuando.

A empresária Idelma Araújo, sócia-proprietária das lojas de roupas Colcci e D’Marca, em Imperatriz, conta como tem sido a experiência de trabalhar com vendas durante a pandemia. “Fomos pegos de surpresa. Imaginamos que pudesse ser uma coisa rápida, e ficarmos sem saber o que fazer. Continuamos postando nosso material nas redes sociais da loja e os clientes continuaram interagindo, perguntando por preço, tamanho... A partir daí, fomos achando nosso caminho.” explica.

Após 1 mês do fechamento do comércio, Idelma conta que, hoje, as vendas da loja estão sendo feitas online. “Nós não estamos atendendo na loja física. Os colaboradores da loja já sabem que agora é assim, então mandamos mensagem, fotos, ligamos. E através desse contato, conseguimos fazer as vendas. E acredito que a partir de agora, o atendimento possa ser cada vez mais por meio do delivery. Estamos tentando sobreviver no meio dessa crise, e essa foi a forma que encontramos.”, conta.

Tecnologia e educação - O Ministério da Educação (MEC), através de uma portaria, permitiu o ensino à distância para os cursos presenciais das universidades e institutos federais, além das faculdades privadas, para realizar aulas através da internet. A tática deve auxiliar no cumprimento dos 200 dias letivos exigidos por ler e ameniza os desfalques no calendário acadêmico. Para Paulo Henrique Marinho, especialista em assuntos sobre tecnologia e professor dos cursos de Redes de Computadores e Sistemas de Informação da Facimp Wyden, a alternativa, apesar de surgir em um cenário delicado, pode significar um novo horizonte que tange à educação. “Esse é o momento certo para acostumar professores e estudantes num ambiente de aprendizado mais inovador, interativo e imersivo, pois estamos num mundo conectado e devemos usar a tecnologia e a internet em prol do nosso aprendizado”, ressalta.

E para quem continua...  – Para quem continua exercendo sua profissão em local de trabalho, muita coisa também mudou. As medidas de segurança precisam ser seguidas rigorosamente para evitar o contágio do vírus. Com isso, muitas empresas e trabalhadores precisaram se adaptar a novos hábitos no ambiente de trabalho.

O Grupo Potiguar, por exemplo, fez investimentos e adequações necessárias para seguir às orientações. Considerada uma empresa de serviço essencial, o grupo, para evitar aglomerações e garantir a segurança de colaboradores e clientes, reforçou e ampliou medidas de higienização e proteção em Imperatriz. Foram instaladas pias com bancadas nas entradas com sabão e disponibilizados diversos pontos de álcool.

Além da demarcação das filas nos caixas também foi instalada uma barreira de acrílico separando o cliente das operadoras de caixas. “Usaremos também todos os nosso canais de comunicação para continuarmos multiplicando orientações oficiais de saúde, e fomentando novas mensagens para manter o alerta de todos quanto à necessidade de continuarmos com as medidas preventivas de distanciamento social visando minimizar a disseminação da Covid19 no Maranhão”, declarou Adriano Pestana, gerente de marketing do grupo. Junto com o atendimento na loja, a Potiguar também disponibiliza o serviço de delivery para quem não quer sair de casa por meio do número (99) 3271-7000.

O técnico de operações florestais-colheita da Suzano, Raul Aragão Ribeiro, que também precisa seguir com o trabalho presencialmente, também precisou se acostumar com a novas medidas adotadas pela empresa. Agora evitamos aglomerações e o contato direto com pessoas, nos adaptamos a utilização de máscaras e luvas, higienizamos constantemente as mãos e os de locais onde tocaremos, mas graças ás condições proporcionadas pela empresa, não há dificuldade, possuímos todo suporte e apoio necessário da nossa gestão para passar por este momento de uma forma segura, e sairmos mais fortalecidos”, conta.

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