Pandemia: automedicação é cada vez mais comum e traz riscos à saúde

 A pandemia da Covid-19 multiplicou práticas que já eram habituais na rotina do brasileiro – a automedicação e a indiferença a prescrição médica no consumo dos remédios se tornou uma constante durante esse período. Um dado que chancela essa afirmação consta no levantamento feito pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), mostrando que as vendas da hidroxicloroquina, passaram de 963 mil em 2019 para 2 milhões de unidades em 2020. A Ivermectina teve um aumento ainda mais expressivo, chegando a 557,26%.

Segundo uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) os familiares, amigos, vizinhos e até mesmo os balconistas de farmácias são os que mais incentivam a automedicação. As estatísticas ainda apontam que 79% dos brasileiros com mais de 16 anos admitem já ter tomado medicamentos sem prescrição médica.



Os dados, alarmantes, refletem um cenário preocupante, onde geralmente muitas pessoas, na tentativa de prevenção ao vírus, optam por medicar-se seguindo indicação de amigos ou familiares, fazendo a compra de medicamentos sem prescrição médica. A prática, no entanto, pode trazer danos irreparáveis à saúde.

“A automedicação é extremamente grave e um problema de saúde pública. Essa cultura pode trazer danos como as reações alérgicas, intoxicações, internações e até morte. A posologia errada, inclusive, pode até desencadear danos irreversíveis”, ressalta a farmacêutica e professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED – FAMEAC), Talita Pinho.

Talita orienta as pessoas para os cuidados na pandemia, pois o uso indiscriminado de antibióticos divulgados durante esse período pode criar uma resistência dos micróbios e bactérias a esse tipo de medicamento, tornando esse agente ineficaz no combate a várias doenças.

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